Acordei de um sonho estranho, de lugares que eu não conhecia, pessoas que eu sequer identificaria. Uma réstia de sol na cara, um dia lindo lá fora e cheiro de feijão de algum vizinho. Terça de carnaval, nada na noite anterior, coca com vodka, coisa caseira: eu podia acordar mais tarde sem culpa. Acordo o Do, começo a cantar Kraftwerk para ele acordar e ele não gosta. O deixo dormir, lavo a louça e sinto vontade de comprar esponjas e detergente melhores. A idéia era fazer bruschetta, mas uma caminhada destinada à Rui Barbosa nos levou ao Crystal e a dois salgados. Nada de almoço digno. Pelo menos eu comprei a melhor esponja de lavar louças do mundo, que estava num bom preço e me rendeu a boa sensação de um “bom negócio por R$2,49“.
O Do foi pra casa dele catalogar os livros e xeroxes para doismilenove. Eu fico aqui. Pensei em ler Anaïs Nin, que me fora emprestada, mas preferi puxar mais dois capitulos de L Word e escutar Interpol, coisa que eu não vazia desde o primeiro ano de faculdade. Me deu sentimentos estranhos, lembrei das pessoas que passaram por mim em dois mil e cinco. Nenhuma delas ficou, tirando o Douglas, que deve ficar pra sempre: é raro no mundo poder ser tão autêntica com qualquer outra pessoa que seja. E fui convidada para este, e concordo. Preciso deixar de perder detalhes e cometer os mesmos erros, isso pode me ajudar. Quero ainda comprar meus remédios de pressão para poder acordar amanha, como uma pessoa normal. Quero por fuel nesse ano.
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