terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
terça de carnaval
Acordei de um sonho estranho, de lugares que eu não conhecia, pessoas que eu sequer identificaria. Uma réstia de sol na cara, um dia lindo lá fora e cheiro de feijão de algum vizinho. Terça de carnaval, nada na noite anterior, coca com vodka, coisa caseira: eu podia acordar mais tarde sem culpa. Acordo o Do, começo a cantar Kraftwerk para ele acordar e ele não gosta. O deixo dormir, lavo a louça e sinto vontade de comprar esponjas e detergente melhores. A idéia era fazer bruschetta, mas uma caminhada destinada à Rui Barbosa nos levou ao Crystal e a dois salgados. Nada de almoço digno. Pelo menos eu comprei a melhor esponja de lavar louças do mundo, que estava num bom preço e me rendeu a boa sensação de um “bom negócio por R$2,49“.
O Do foi pra casa dele catalogar os livros e xeroxes para doismilenove. Eu fico aqui. Pensei em ler Anaïs Nin, que me fora emprestada, mas preferi puxar mais dois capitulos de L Word e escutar Interpol, coisa que eu não vazia desde o primeiro ano de faculdade. Me deu sentimentos estranhos, lembrei das pessoas que passaram por mim em dois mil e cinco. Nenhuma delas ficou, tirando o Douglas, que deve ficar pra sempre: é raro no mundo poder ser tão autêntica com qualquer outra pessoa que seja. E fui convidada para este, e concordo. Preciso deixar de perder detalhes e cometer os mesmos erros, isso pode me ajudar. Quero ainda comprar meus remédios de pressão para poder acordar amanha, como uma pessoa normal. Quero por fuel nesse ano.
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